especial no Brasil está passando por um processo de mudanças profundas, algumas das quais estão acontecendo de forma muito rápida, cabendo a nós, educadores refletir sobre esse novo contexto, e tentar estabelecer algumas das estratégias que julgamos fundamentais para que essa
se converta em iniciativas de qualidade, que culminem de fato no crescimento do seu público alvo, ou seja, as crianças.
Por outro lado, tem-se ouvido, com certa apreensão e com grande temor, referências a esta palavra "inclusão", que surge no cenário educacional brasileiro, como se fosse mais uma moda.
Sabe-se por relatos de colegas professoras que, em escolas públicas bem equipadas e, principalmente, dotadas de professores capacitados para trabalhar com o processo de integração plena, os resultados têm se mostrado positivos.
Entretanto, essa realidade não se constitui regra em nosso meio, pois nas salas de recursos específicos para deficientes visuais, há professores sem capacitação específica e nenhum preparo para trabalhar em parceria com o ensino comum, tornando-se, desta forma, o trabalho pedagógico das salas de recursos individualizados, solitários, e, muitas vezes, esses espaços acabam funcionando como classe especial.
Apesar de tudo isso, é necessário estudarmos as diversas formas de poder trabalhar com esses alunos, afinal, eles agora fazem parte do nosso dia-a-dia. Não podemos isolá-los, temos que nos aperfeiçoar, precisamos encontrar meios para que eles não se sintam como "especiais" e sim como crianças normais
- Uma pessoa cega pode ter algumas limitações, as quais poderão trazer obstáculos ao seu aproveitamento produtivo na sociedade. Grande parte destas limitações pode ser eliminada através de duas ações: UMA EDUCAÇÃO ADAPTADA A RELIDADE DESTES SUJEITOS E O USO DA TECNOLOGIA PARA DIMINUIR AS BARREIRAS.
- Existem várias ferramentas que podem auxiliar o deficiente visual no seu dia-a-dia, nos estudos e no lazer. Todos os anos surgem novidades nessa área, desde bengalas com sensores até computadores feitos especialmente para cegos.
DEFICIENTES AUDITIVOS
Deficiência auditiva é considerada como a diferença existente entre a desempenho do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards Institute (ANSI - 1989).
Considera-se, em geral, que a audição normal corresponde à habilidade para detecção de sons até 20 dB N.A (decibéis, nível de audição).
A audição desempenha um papel principal e decisivo no desenvolvimento e na manutenção da comunicação por meio da linguagem falada, além de funcionar como um mecanismo de defesa e alerta contra o perigo que funciona 24 horas por dia, pois nossos ouvidos não descansam nem quando dormimos.
Tipos de Deficiência Auditiva:
- Condutiva :
Quando ocorre qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico. Esta deficiência pode ter várias causa, entre elas pode-se citar: C orpos estranhos no conduto auditivo externo, tampões de cera , otite externa e média, mal formação congênita do conduto auditivo, inflamação da membrana timpânica, perfuração do tímpano, obstrução da tuba auditiva, etc.
Quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da orelha interna ou do nervo auditivo. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível. A deficiência auditiva sensório-neural pode ser de origem hereditária como problemas da mãe no pré-natal tais como a rubéola, sífilis, herpes, toxoplasmose, alcoolismo, toxemia, diabetes etc. Também podem ser causadas por traumas físicos, prematuridade, baixo peso ao nascimento, trauma de parto, meningite, encefalite, caxumba, sarampo etc.
Quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.
CARACTERÍSTICAS DOS TIPOS DE EDUCANDOS PORTADORES DE
DEFICIÊNCIA AUDITIVA.
Com base na classificação de deficiência auditiva (DA), as características
previstas e o atendimento correspondente preconizados por Couto (1985), considera se:
§ DA leve ( com perda de 20 a 40 dB ): são pessoas consideradas desatentas e
distraídas, por não perceberem todos os sons da palavra principalmente a voz fraca e
distante, olham sempre para o rosto de quem está falando. Costumam pedir para repetir
as informações. Essas pessoas conseguem adquirir linguagem, naturalmente. Em
geral, chegam a escola, podendo concluir os estudos sem demonstrar sua deficiência.
Algumas demoram um pouco mais para falar corretamente, ou falam trocando alguns
fonemas. Outras falam bem, mas quando começam o aprendizado da leitura e escrita,
fazem confusão entre as letras que têm sons semelhantes, trocando-as. O atendimento
médico indicado é o tratamento clínico ou cirúrgico. Se houver dificuldades
articulatórias, essas pessoas devem ser atendidas por uma fonoaudióloga;
§ DA média ou moderada ( com perda de 40 a 70 dB ): para as pessoas compreenderem a fala, é necessário uma voz forte, principalmente em ambientes ruidosos. Apresentam atraso de linguagem e alterações articulatórias. As dificuldades na compreensão são mais notadas quando as frases são complexas, envolvendo expressões abstratas e aparecem artigos, pronomes, conjunções, etc. observam-se também dificuldades em compreensão de terminações verbais e as concordâncias de gênero e de número do substantivo e adjetivo. Geralmente, essas pessoas precisam de apoio visual para o entendimento da mensagem. Diante disso, os atendimentos indicados são: clinico, cirúrgico, fonoaudiólogico e pedagógico especializado. Sugere se, adicionalmente, a freqüência à escola regular com acompanhamento e suporte anterior de atendimento especializado e de prótese individual;
§ DA severa ( com perda de 70 a 90 dB ): as pessoas só percebem voz muito alta e alguns ruídos do ambiente familiar. Decorrente disso, a compreensão verbal depende do apoio visual e da observação do contexto em que se desenvolve a comunicação. A linguagem só é adquirida no seu próprio ambiente com orientação. Nesse caso, recomenda-se o uso de prótese individual. Além disso, o atendimento indicado é em escola ou classe especializada, para que a linguagem básica de compreensão e de expressão seja adquirida. A alfabetização pode ser realizada antes de ingressar em classe comum, onde devem permanecer com atendimento especializado paralelo;
§ DA profunda ( perda auditiva superior a 90 dB ): o fato de não possuírem informações auditiva impede as pessoas identificarem a voz humana. Não adquirem linguagem naturalmente no ambiente familiar e não adquirem fala para se comunicarem, devido à ausência de modelo. Aconselha-se o uso de prótese individual.
O atendimento indicado deve ocorrer na escola ou em classe especial, com programas
de aproveitamento dos restos auditivos e de aprendizagem de leitura labial e da fala.
Há previsão de escolaridade mais prolongada.
Segundo Kozlowski (1997, p.14),“a leitura labial é um processo muito complexo”,
nela, o processo visual permite o acesso ao sentido da mensagem; estabelecendo correspondência entre os movimentos labiofaciais e as unidades da língua, e o leitor
labial obtém informações lingüísticas através dos movimentos dos lábios, da
musculatura facial e expressões faciais do locutor. Por isso, é um meio de
compreensão visual da fala.
Quanto ao movimento labial, o processo de integração é realizado em 2
(dois) tempos: o primeiro é quando os sons produzidos pela fala são acompanhados
de modificações através da forma, posição e grau de abertura dos lábios; e o segundo
é quando essas modificações resultam em fonemas não-visíveis e em sósias
labiais.
Após essas informações, o leitor labial associa as imagens labiais percebidas,
compara com as imagens labiais memorizadas e então reconhece o conteúdo da
mensagem. Portanto, o leitor labial depende da memória, da atenção e de processos
lingüísticos, uma vez que o processo da leitura labial é ativo e precisa da participação
do indivíduo por meio de processos mentais e físicos, como também da atenção sobre
a fala. A visão, portanto, é um modo alternativo de percepção da fala nos ouvintes, e,
para chegar a leitura labial, o indivíduo deve ter a capacidade de captar inteiramente
uma mensagem sobre os lábios.
DEFICIENTES MENTAIS
Deficiência Mental
Inteligência...
Definição de inteligência: “capacidade para aprender, capacidade para pensar abstractamente, capacidade de adaptação a novas situações” e “conjunto de processos como memória, categorização, aprendizagem e solução de problemas, capacidade linguística ou de comunicação, conhecimento social…”(Sainz e Mayor).
Deficiência Mental
Conceito:
Deficiência mental é a designação que caracteriza os problemas que ocorrem no cérebro e levam a um baixo rendimento, mas que não afectam outras regiões ou áreas cerebrais.
Quem pode ser considerado deficiente mental?
Deficiente mental são “todas as pessoas que tenham um QI abaixo de 70 e cujos sintomas tenham aparecido antes dos dezoito anos considera-se que têm deficiência mental.” - Paula Romana.
Segundo a vertente pedagógica, o deficiente mental será o indivíduo que tem uma maior ou menor dificuldade em seguir o processo regular de aprendizagem e que por isso tem necessidades educativas especiais, ou seja, necessita de apoios e adaptações curriculares que lhe permitam seguir o processo regular de ensino.